Oi pessoal, descupem essa ausente escritora aqui! Tenho muitas novidades pra contar! Dentre elas, vou colocar um texto aqui que fiz nas aulas de redação com a Professora Marly, cara ela é muito toop! hahaha Baseado na Carta (clique para vê-la) e na frase de José Saramago, eu deveria fazer uma narrativa. Olha só o que Deus me deu capacidade de fazer:
" As Vidas não começa, quando as pessoas nascem (...) as vidas principiam mais tarde (...) para não falar aquelas que, mal tendo começado já se acabaram."
José Saramago
Noite fria, chove. A alma cansada não consegue desabafar as angústias em simples gotas. Seria necessário um mar para saciar a sede da saudade agonizante, fria. Saudade que antes fora amor. Leve, sutil, sensível amor. Repleto de histórias, segredos, medos.
A casa, confortável e mesmo aconchegante, não preenchia o imenso vazio deixado pelos rastros da paixão. Olhava a si mesma, tentando entender-se, buscando achar-se. Tentando encontrar em meio ao mundo de sentimentos onde estaria seu amor. Seus cabelos, antes ardiam como fogo num denso vermelho abrasador na qual sua doce alma incendiava a alma do amado. Sentia saudade, medo, solidão.
Ele, tristemente pensava no amor, tão rápido, escorreu-lhe pelos dedos quando ia guardá-lo em seu coração. Fora obrigado a se alistar, ajudar na guerra. Lutou pensando apenas nela; viveu para viver por ela.Olhava sua face na gélida tela do computador. Tocava, mas, o que poderia sentir? As chamas que o aqueciam não eram suficientes para incendiá-lo.
Lembrou-se do dia em que a fizeram ir para o convento. Sabia que nunca o esqueceria. Todos os dias, pensava, amava, apenas uma imagem de seu sorriso juvenil passava-lhe a cabeça. A esperança brotaria outra vez. Escreveu uma carta, de um amor não apagado, correspondido, mas pouco durado. Na carta, palavras experientes comoviam pessoa, tinta e papel. Nem a chuva poderia apagar o que sentia. De repente, sentiu no rosto a brisa da juventude, traiçoeira em emoções, fazia-lhe rir e chorar. Escreveu de um amor eterno, fugidio, fiel e puro. Tinham segredos, contados cuidadosamente um para o outro. Medos, apenas um: se perderem.
Ele, soluçando de dor; os anos se passaram, com eles as chances, faíscas breves da esperança. Olhara-se. Os olhos, opacos, sem vida, mostravam a frustração duradoura, talvez resíduos da tristeza repentina.
Ela, percebendo que a brisa transformara-se em vento, e conduzia-lhe a caminhos até então por ela desconhecidos, suavemente deixou a carta, que escrevia, lia e sentia, cair nas asas leais do vento. Ele sentiu que a brisa, soprava mais forte.
Ana Laura Maziero
Uma carta ao Vento

José Saramago
Noite fria, chove. A alma cansada não consegue desabafar as angústias em simples gotas. Seria necessário um mar para saciar a sede da saudade agonizante, fria. Saudade que antes fora amor. Leve, sutil, sensível amor. Repleto de histórias, segredos, medos.
A casa, confortável e mesmo aconchegante, não preenchia o imenso vazio deixado pelos rastros da paixão. Olhava a si mesma, tentando entender-se, buscando achar-se. Tentando encontrar em meio ao mundo de sentimentos onde estaria seu amor. Seus cabelos, antes ardiam como fogo num denso vermelho abrasador na qual sua doce alma incendiava a alma do amado. Sentia saudade, medo, solidão.
Ele, tristemente pensava no amor, tão rápido, escorreu-lhe pelos dedos quando ia guardá-lo em seu coração. Fora obrigado a se alistar, ajudar na guerra. Lutou pensando apenas nela; viveu para viver por ela.Olhava sua face na gélida tela do computador. Tocava, mas, o que poderia sentir? As chamas que o aqueciam não eram suficientes para incendiá-lo.
Lembrou-se do dia em que a fizeram ir para o convento. Sabia que nunca o esqueceria. Todos os dias, pensava, amava, apenas uma imagem de seu sorriso juvenil passava-lhe a cabeça. A esperança brotaria outra vez. Escreveu uma carta, de um amor não apagado, correspondido, mas pouco durado. Na carta, palavras experientes comoviam pessoa, tinta e papel. Nem a chuva poderia apagar o que sentia. De repente, sentiu no rosto a brisa da juventude, traiçoeira em emoções, fazia-lhe rir e chorar. Escreveu de um amor eterno, fugidio, fiel e puro. Tinham segredos, contados cuidadosamente um para o outro. Medos, apenas um: se perderem.
Ele, soluçando de dor; os anos se passaram, com eles as chances, faíscas breves da esperança. Olhara-se. Os olhos, opacos, sem vida, mostravam a frustração duradoura, talvez resíduos da tristeza repentina.
Ela, percebendo que a brisa transformara-se em vento, e conduzia-lhe a caminhos até então por ela desconhecidos, suavemente deixou a carta, que escrevia, lia e sentia, cair nas asas leais do vento. Ele sentiu que a brisa, soprava mais forte.
Ana Laura Maziero
@analomazzi
Com amor em Cristo, Ana ;*
Sabe aqueles quadros que parecem rabiscos, mas o pintor diz que vale uma fortuna? É esse texto.
ResponderExcluirPq vc não estuda filosofia? Poderá fazer diferença no mundo.
Sinceramente, sem hipocrisia.