“(...)Quem querer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.”
(Mar Português)
Antes de tudo, é preciso navegar
as águas esquecidas de dentro da nação, para depois navegar mares longínquos. É
preciso dar de beber àqueles cujas águas se tornaram açudes secos.
É preciso enfrentar os gigantes
do mar, autoritários e dominadores, querem engolir as embarcações da nação.
É preciso enfrentar a fúria dos
deuses, que não deixando os navios da nação prosseguirem, não a deixam ser o
que poderia ser, o tal “dasein” existencialista (Pátria como mãe, logo,
pessoa).
No entanto, não se faz necessário
um vasto império, um “espaço vital” fascista, subjugar povos. Não é necessário
guerrear contra os mouros se a nação pode lutar com palavras.
Nós precisamos navegar a
imensidão do “ser conjunto, ser coletivo”, rebuscando o que jaz esquecido.
Precisamos ancorar em nossas velhas raízes, sem olvidar que ainda há mar a
percorrer. É preciso que a alma de cada um seja tão grande quanto a de todos.
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